Integrantes do Canto do Conto participam de Congresso no Rio de Janeiro
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Fundação Casa de Rui Barbosa |
Os textos “Reflexos sobre o direito cultural a partir do
patrimônio imaterial da Chapada Diamantina” e “Os enunciados e as narrativas:
contos e poesias que trazem a história de Exu” de autoria da Professora e Coordenadora do Projeto Canto do Conto, Clarissa
Braga (coautor, Vlamir Marques) e a estudante e integrante do Projeto, Fernanda Barros, respectivamente,
foram apresentados nas Mesas de debates “Patrimônio Imaterial I” e “Política
Cultural e Educação” do V Seminário Internacional de Políticas Culturais da
Fundação Casa de Rui Barbosa, entre os dias 7,8 e 9 de maio, no Rio de Janeiro
– Brasil.
Destacou-se na apresentação do primeiro texto citado a perspectiva
do direito cultural, a diferença entre as expressões “direito à cultura” e
“direito cultural” – a partir da ótica do teórico José Estênio Cavalcante. Fora
discutido também a Declaração Universal, quando cita a diversidade cultural
(itens I e II – As formas de expressão e Os modos de se fazer e viver).
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Clarrisa Braga e Vlamir Marques |
A título de esclarecimento falou-se sobre os “27 Territórios de Identidade”, nomenclatura utilizada pelo Governo do Estado para atender as demandas específicas das regiões do Estado da Bahia. O estudo traz um trabalho desenvolvido no município de Piatã (região da Chapada Diamantina) que tinha objetivo mapear e identificar as superstições, os seres encantados nas históricas contados pela comunidade.
O segundo texto diz respeito a uma produção artística de
núcleo de teatro de Alagoinhas, interior da Bahia. O objetivo era analisar a
produção e encaixar o estudo sobre narrativa e oralidade. Na apresentação do trabalho, realizada no último dia do
Congresso, destacaram-se abordagens sobre o método utilizado para elaborar o
artigo e apresentação do mesmo, a trajetória do grupo, que com 16 anos de
criado focam seu trabalho em trazer para a cena a cultura afro-baiana.
Quantos a
teoria, ao falar em narrativa e oralidade, citou-se, Aílton Krenak, Walter Ong
e Paul Zumthor. Ambos analisam a importância das histórias que são contadas
dentro das comunidades, o não artifício (muitas vezes) da escrita e ainda, a
não utilização (ou necessidade, como defende Krenak) da cronologia, ou seja, de
datar as histórias contadas.
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Fernanda Barros |
Nas mesas acompanhadas pôde-se discutir temas como alta
cultura, cultura popular, democratização de acesso aos museus do país, gestão
cultural como responsabilidade do Estado (incluindo aí a diferença entre
assistencialismo e lógica de mercado), bem como a aplicabilidade dessas
questões em projetos desenvolvidos em determinadas regiões do Brasil, como é o
caso do projeto “Rede Educação Griô”, uma rede independente e coletiva de
artistas-educadores que atuam através de ações sistemáticas em educação e
cultura.
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